Faz parte da memória dos feirenses, e porque não dizer dos brasileiros, o episódio do fechamento da Rádio Cultura de Feira de Santana, em março de 1975, por conta de uma entrevista do então deputado federal Francisco Pinto ao radialista Lucílio Bastos, em que o parlamentar se manifesta contra o presidente do Chile, General Augusto Pinochet. Esta e outras histórias da emissora serão contadas em sessão solene da Câmara Municipal, na noite desta quinta-feira (27), em homenagem aos 73 anos de sua fundação, ocorrida exatamente em 28 de setembro de 1950. A iniciativa é do vereador Petrônio Lima (Republicanos).
A cassação da emissora foi determinada pelo Dentel da Bahia e o próprio diretor, à época, Osvaldo Collares Novais, veio à cidade para cumprir a ordem. A rádio, fundada por Eduardo Fróes da Mota, na faixa 700 kHz, em Amplitude Modulada (AM), foi reaberta 10 anos depois, em 26 de julho de 1985. Hoje FM (107,1), pertence ao grupo de rádio e televisão Rede Record desde 1994. Seus estúdios estão sediados no centro da cidade, na Rua Castro Alves, 868.
A sessão, de acordo com o vereador Petrônio Lima, terá como palestrante convidado o atual diretor da emissora, pastor Ronaldo Klento de Jesus Camelo, que vai falar sobre a importância da segunda emissora de rádio instalada na cidade. Marcou uma época, na cidade, com seus programas de auditório e rádio-teatro. Hoje, além de jornalismo, seu ponto forte são as atrações no gênero gospel. Transmite para Feira de Santana sua Região Metropolitana e também por meio da Internet pelo aplicativo da Rede Aleluia.
