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Dia da Gestante: Fundação Hospitalar destaca o fluxo de atendimento do Hospital da Mulher

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No Dia Nacional da Gestante, celebrado em 15 de agosto, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), autarquia da Prefeitura, destaca a importância da assistência gratuita oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir os direitos e a atenção obstétrica no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher. Em uma década, o complexo materno-infantil realizou quase meio milhão de atendimentos, contribuindo para o aumento significativo do fluxo de pacientes.

Os serviços assistenciais do Hospital da Mulher já beneficiaram 427.349 pessoas, com 115.206 internações realizadas. Nesse período, nasceram 76.970 crianças no hospital, o que corresponde a uma média de 7.697 nascimentos por ano. De acordo com estatísticas do sistema de Tecnologia da Informação (TI) da Fundação Hospitalar, houve um aumento de 11,53% nos partos normais em comparação aos partos cesáreos nos últimos 10 anos, totalizando 41.060 partos normais e 35.919 cesáreas.

Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, ressaltou a importância da data: “Este dia é dedicado à atenção e aos cuidados que toda grávida deve receber para uma gestação saudável.” Ela destacou ainda a relevância do acompanhamento hospitalar para gestantes de alto risco.

“Disponibilizamos uma enfermaria com oito leitos rotativos exclusivamente para o acolhimento de gestantes de alto risco e aquelas que precisam permanecer internadas até o término da gestação, recebendo cuidados da equipe médica. Nosso compromisso é oferecer, no complexo materno-infantil do Hospital da Mulher, o suporte necessário para que esse momento seja o mais seguro e prazeroso possível para as mães que nos procuram”, afirmou Gilberte Lucas.

Marilza Carvalho, estudante de 19 anos e residente em Santa Luz, compartilhou sua experiência: “Fiz todos os exames pré-natais na minha cidade, mas fui encaminhada ao Hospital da Mulher devido a algumas complicações de médio risco. Já completei os nove meses de gestação, mas ainda não entrei em trabalho de parto. Por isso, estou internada aqui e vou fazer exames de ultrassom para avaliação médica. Estou sendo bem acolhida, obrigada”, disse Marilza, que será mãe pela primeira vez.

Estudos indicam que a gestação de alto risco afeta entre 10% e 15% das mulheres grávidas. Para garantir o desenvolvimento saudável da gestação e do recém-nascido, sem comprometer a saúde materna, o acompanhamento começa no Ambulatório de Especialidades do HIPS, que oferece atendimento ao Programa de Planejamento Familiar, com contraceptivos de média e longa duração disponíveis todas as sextas-feiras. De janeiro a julho deste ano, foram realizados 1.358 acompanhamentos de pré-natal de alto risco no ambulatório do Hospital da Mulher.

Exemplos de gestantes que devem realizar o seguimento pré-natal de alto risco:

  • Idade menor que 17 anos ou maior que 40 anos, devido ao maior risco de prematuridade e morbidade gestacional.
  • Altura materna menor que 1,45 m, aumentando o risco de complicações no parto devido a possíveis alterações anatômicas.
  • Exposição a agentes físico-químicos nocivos, com risco elevado de teratogenicidade e restrição de crescimento fetal.
  • Dependência de drogas lícitas ou ilícitas, que pode levar à abstinência neonatal, prematuridade e restrição de crescimento fetal.
  • Peso materno inadequado (obesidade ou desnutrição extrema), associado a maior prevalência de prematuridade.
  • Histórico de abortamento repetitivo.
  • Intervalo entre partos menor que 1 ano e meio, aumentando os riscos de autismo, ruptura uterina, hemorragia intraparto e prematuridade.
  • Doenças hipertensivas da gestação, incluindo pré-eclâmpsia e eclâmpsia.
  • Diabetes gestacional, trabalho de parto prematuro, cardiopatias, pneumopatias, neoplasias ginecológicas, DSTs, desenvolvimento uterino anormal para a idade gestacional, gestação múltipla, entre outros.